Você pode viver até os cem se desistir de tudo que te faz querer viver até os cem.

Brooklyn, Nova Iorque, 1952. O jovem Allen Stewart Konigsberg é fascinado com o mistério dos truques de mágica. O adolescente costuma entrar numa dessas lojas de mágicos e insistir para demonstrar suas habilidades adquiridas através de horas de treino em seu quarto. Suas performances não são muito articuladas, culpa da vergonha de enfrentar o paciente público formado por uma pessoa, o dono da loja. Isso não basta para desanimá-lo. O ávido pequeno garoto consegue uma oportunidade e começa a apresentar seus truques nos palcos.

Ele é mais engraçado, do que misterioso. Aos 15 anos começa a escrever e enviar piadas para um jornal local. Com medo de ser zombado na escola, decide usar um pseudônimo, o primeiro que vem a cabeça..allen…wood…

Sou grato ao riso. Exceto quando sai leite pelo meu nariz.

Woody Allen. Aos 16 anos seu nome já era tão bem cotado em diversos jornais de Nova Iorque que ele começou a escrever piadas para comediantes famosos. Viu um cidadão fazendo stand-up comedy com uns óculos bem antiquados de moldura escura e formato estranho e achou legal. Adotou-os e nunca mais tirou. Enquanto os outros brincavam de peão ou de ciranda, ele escrevia mais de 50 piadas por dia, sem muito esforço, mas, na verdade, queria mesmo desenhar cavalos. Woody, um adolescente um pouco rebelde e um pouco brilhante que, apesar da pouca idade, já ganhava um pouco mais de dinheiro que seus pais.

Nerd de oclinhos contando piada? Aos 29 anos, já era um comediante renomado nos Estados Unidos. Em 1965 foi convidado a reescrever o roteiro de um filme e nunca mais parou. Já são mais de 40 filmes, com uma média de 1 por ano e, mais de 25 prêmios conquistados durante sua trajetória.

Não quero alcançar a imortalidade pelo meu trabalho. Quero alcançá-la não morrendo.