Bom dia caro leitor. Como está?

A inspiração de hoje vem quentinha do forno, com uma pitada de pimenta.

26 de setembro de 2013, França. -  As luzes se apagam nas passarelas da Paris Fashion Week. Os clarões momentâneos indicam que algo importante está por vir. Quando os volts voltam vagarosamente a passar pelos filetes das lâmpadas, as aguardadas magérrimas de pernas e pescoços longos não aparecem. Em seu lugar, figuras de músculos e carne, muita carne proeminente, vestindo roupas justas mas confortáveis o suficiente para pisotear os padrões de estética fashion atual.

“ESTAMOS REJEITANDO A BELEZA CONVENCIONAL E CRIANDO A NOSSA PRÓPRIA.”

São raros os pontos fora da curva numa sociedade regrada pelo preconceito e conformismo. Quando indíviduos deste tipo despontam, viram logo capa de jornal com manchete sensacionalista. É o caso de Rick Owens, fashion designer americano que nunca antes viu seu nome emergir tanto na mídia. Na semana passada ele fez picadinho das maisesdrúxulas expectativas do mundo da moda – trouxe à passarela dançarinas experientes, na grande maioria negras, ao lugar de modelos exuberantes. A coreografia escolhida foi o stepping, uma mistura de sapateado, o famoso cheerleading americano e rotinas militares. Os pisadas firmes sacudiram o chão das centenas de espectadores de queixo caído.

Não é só pelo paradigma quebrado. Não é só pelo recado de cara feia pro mundo da moda tradicionalista. Não é só pelo tapa na cara do preconceito. Rock Owens fez história por pensar e agir de forma diferente e com certeza vai influenciar muita gente daqui pra frente.

Vou deixar você com o video, que vale mais que qualquer explicação.

Até a próxima semana!